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Sem se preocuparem?
o que está errado nesta frase (apesar de ser escusado dizê-lo) é o facto de a libertação sexual estar normalmente ligada à indiferença perante o outro e "os outros" que nos olham e não à relação que temos connosco, com o nosso corpo e com a nossa sexualidade.
como disse o rui zink (e, neste caso, foi muito bem dito...) somos uma geração preconceituosa e retrógrada (e não se ponham a pensar na minha idade, que este conceito de geração é muito generalizado e alargado). nós e os nossos não podem pisar o risco. não vou divagar muito mais sobre este conceito de libertação sexual. deixo-vos aqui o desafio. arrisco mesmo afirmar que muitos nunca pensaram nisto. mas já é altura de começarmos a pensar.
"Aonde podemos falar hoje de uma ideia como a da libertação sexual? O amor livre dos anos 70 parece não mobilizar as pessoas, em parte por causa da crítica feminista que eficazmente invocou a dominação masculina generalizada. Tendo como alvo a pornografia e a prostituição, que nunca gozaram de uma plena aceitação moral na população, a crítica feminista lançou a suspeita sobre a sexualidade como lugar em que se exercem as relações desiguais de poder."
Nicolas Journet (texto publicado no nº 163 da revista Sciences Humaines, sob o título «La sexualité sous l’oeil de la critique»)
"Parce que nous voulons réaffirmer la liberté durement acquise des femmes à disposer de leur corps.Parce que les idées universalistes ont changé radicalement la condition des femmes, parce qu'elles nous ont appris qu'un sexe ne devait pas prédéterminer un destin.Parce que les principes de laïcité et de mixité qui en découlent sont les garants de l'égalité des sexes.Parce qu'il n'y a pas de combats plus urgent pour l'émancipation des femmes que celui de la lutte contre toutes les formes d'intégrisme et d'obscurantisme."
Movimento "Ni putes ni soumises" - http://www.niputesnisoumises.com/