segunda-feira, 24 de setembro de 2007

libertação sexual feminina

no outro dia vi em qualquer sítio (lamento não me lembrar onde para poder ter uma conversa com esses senhores), creio que na capa de uma revista, a seguinte manchete: "Será que as mulheres já se libertaram sexualmente? Será que as mulheres já conseguem ter sexo com um homem sem se preocuparem no dia seguinte?"

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Sem se preocuparem?

o que está errado nesta frase (apesar de ser escusado dizê-lo) é o facto de a libertação sexual estar normalmente ligada à indiferença perante o outro e "os outros" que nos olham e não à relação que temos connosco, com o nosso corpo e com a nossa sexualidade.
como disse o rui zink (e, neste caso, foi muito bem dito...) somos uma geração preconceituosa e retrógrada (e não se ponham a pensar na minha idade, que este conceito de geração é muito generalizado e alargado). nós e os nossos não podem pisar o risco. não vou divagar muito mais sobre este conceito de libertação sexual. deixo-vos aqui o desafio. arrisco mesmo afirmar que muitos nunca pensaram nisto. mas já é altura de começarmos a pensar.


"Aonde podemos falar hoje de uma ideia como a da libertação sexual? O amor livre dos anos 70 parece não mobilizar as pessoas, em parte por causa da crítica feminista que eficazmente invocou a dominação masculina generalizada. Tendo como alvo a pornografia e a prostituição, que nunca gozaram de uma plena aceitação moral na população, a crítica feminista lançou a suspeita sobre a sexualidade como lugar em que se exercem as relações desiguais de poder."

Nicolas Journet (texto publicado no nº 163 da revista Sciences Humaines, sob o título «La sexualité sous l’oeil de la critique»)


"Parce que nous voulons réaffirmer la liberté durement acquise des femmes à disposer de leur corps.Parce que les idées universalistes ont changé radicalement la condition des femmes, parce qu'elles nous ont appris qu'un sexe ne devait pas prédéterminer un destin.Parce que les principes de laïcité et de mixité qui en découlent sont les garants de l'égalité des sexes.Parce qu'il n'y a pas de combats plus urgent pour l'émancipation des femmes que celui de la lutte contre toutes les formes d'intégrisme et d'obscurantisme."

Movimento "Ni putes ni soumises" - http://www.niputesnisoumises.com/

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

"A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela afasta-se dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Eduardo Galeano


O Zappa é o maior!

terça-feira, 11 de setembro de 2007


a minha rosinha abandonou-me...mas o meu amor continua o mesmo com a distância! Estive a comer a comidinha que ela fez para mim: cogumelos com courgette!! Óptimo!!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Segundo cadavre exquis

Este cadavre exquis vulgo cadáver esquisito é ver a rosa e a joana a cantar cantar a vida inteira para não nos sentirmos sós! "Eu como, eu, como, eu como você é a luz que revela a minha sombra que inunda os corpos à procura de um lugar para avariar o pessoal para roer canhotos e alguidares, por não saber absolutamente sobre farinha pensal porque os borbotos não contextualizdos por teoremas de pitágoras ou fotocópias ou reposteiros babados com murmúrios processualistas e Caetano, Caetano Veloso, e Tom, Tom Jobim e Renato Russo e todos os outros são mas é uns grandes palhaços! Amigos deste circo que é a vida Uni-vos nesta festa do vinho e da vida esquisita que todos nós levamos todos na peidola reboliça cheia de cotão??? Mas que merda é esta? Não sei em que contexto isto foi usado e sinceramente não tenho espaço (nem tempo) para escrever e escrever e escrever enfim como se voasse e as joaninhas, as rosinhas, as andreiazinhas, os luizinhos, arturzinhos, ruizinhos, antónio-inhos, e o tuti-fruti e porque não as bananas tocadas como gaitas-de-foles!? "Avante Camaradas!" ao som das bananas e dos reposteiros a pingar baba de camelo sim, as bananas porque não as bananas, e tudo o resto. O pior é que tudo acaba sempre em bem... É aborrecido...

Outubro de 2005

rosa
artur
joana
andreia
luís
antónio

cadavre exquis

este cadavre exquis começa com uma linda história louca e estranha... E a rosa acabou de me espirrar para cima... Com este andar qualquer dia já não temos comida para os esquilos. Por acaso hoje jantámos muito bem! Isto assim não pode ser! Acho isto tudo muito mau... mau... Maria do Monte da mais velhinha ponte que morreu, morreu, morreu o Papa mas o céu é azul a relva é verde e a vaca comeu que se fartou e passou a noite na casa de banho-me no rio Tejo e fico feliz com uma poia na cabeça, na cabeça dela. A rosa queria ser um poste! Poste! A ROSA QUERIA SER UM FÓSFORO CANECO!!!

(olá eu tenho piolhos gosta de mim...)

Dezembro de 2005

andreia
joana
rosa
antónio

domingo, 2 de setembro de 2007

Não podiamos deixar de fazer uma Homenagem ao Joãozinho

Pleno de Vida Agora

Pleno de vida agora, concreto, visível,
Eu, aos quarenta anos de idade e aos oitenta e três dos Estados Unidos,
A ti que viverás dentro de um século ou vários séculos mais,
A ti que ainda não nasceste me dirijo, procurando-te.

Quando leres isto, eu que era visível, serei invisível,
Agora és tu, concreto, visível, aquele que me lê, aquele que me procura.
Imagino como serias feliz se eu estivesse a teu lado e fosse teu companheiro,
Sê tão feliz como se eu estivesse contigo. (Não penses que não estou agora junto a ti.)

Walt Whitman